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terça-feira, 6 de abril de 2021

Nebulosa da Águia - M16

A Nebulosa da Águia (Messier 16, NGC 6611) é um jovem aglomerado estelar aberto localizado na constelação de Serpente e seu nome deriva da forma de sua nuvem interestelar protoestelar em torno do aglomerado, que lembra uma águia. A fotografia da nebulosa  tomada pelo Telescópio Espacial Hubble no início de abril de 1995 ficou conhecida como os "Pilares da Criação" e mostra pilares de gás estelar e poeira contida na nebulosa. Situa-se a aproximadamente 7 000 anos-luz em relação à Terra e sua magnitude aparente é igual a 6,4. É parte de uma nebulosa de emissão difusa, uma região HII, região de gás e poeira que recentemente, em termos astronômicos, começou a formar novas estrelas.

Ascenção Reta: 18h 18,8m      -Declinação: −13° 47'




Imagem obtida no dia 26/11/2020 às 2:58 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
180s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa

Aglomerado Omega Centauri - NGC 5139

Omega Centauri ou NGC 5139 é um aglomerado globular. situado na constelação de Centaurus. Foi descoberto por Edmond Halley em 1677.  Orbita nossa galáxia, a Via Láctea, sendo o maior e mais brilhante dos aglomerados globulares que a orbitam. Está a cerca de 15.800 anos-luz  da Terra e contém vários milhões de estrelas de População II. As estrelas de seu centro são tão interligadas entre si que acredita-se estarem a apenas 0,1 anos luz umas das outras. Sua idade estimada é de cerca de 12 bilhões de anos. Esta característica o distingue de outros aglomerados globulares em nossa galáxia que contêm estrelas de diferentes gerações.

Declinação:-47° 28′ 36.7″ Ascenção reta: 13h 26m 45.89s Magnitude aparente: 3,7


Imagem obtida no dia 26/11/2020 às 3:35 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
50s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa


Galáxia M104 -Sombrero

A galáxia do Sombreiro (Messier 104, NGC 4594), é uma galáxia do tipo espiral. Possui um núcleo brilhante, rodeado em suas bordas por um disco achatado de material escuro. Está a 28 milhões de anos-luz de distância. É conhecida como sombreiro devido a sua aparência característica que se assemelha a um chapéu mexicano. Foi descoberta em 1781, pelo astrônomo Pierre Mechain.

 Magnitude aparente :8,3, Declinação: -11º 37' 23" Ascensão reta : 12 h, 39 min 59,4 s


Imagem obtida no dia 26/11/2020 às 3:35 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
480s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

NEBULOSA DE ETA CARINAE - NGC 3372

Trata-se de uma nebulosa bastante grande, cobrindo cerca de 3 graus do céu, a uma distância de 7.500 anos-luz da Terra e com um diâmetro de 460 anos-luz. Como pode ser observado na foto, existem muitos aglomerados de estrelas em sua vizinhança.
Em seu interior localiza-se uma estrela grande e massiva, denominada Eta Carina, que tem como característica marcante o fato de ter sua luminosidade variável. Em 1677 tinha uma magnitude de 4, mas em 1877 ejetou uma nuvem de poeira 500 vezes maior que o sistema solar, tornando-se mais brilhante. Na foto, essa ejeção pode ser visualizada como uma estrutura tridimensional em formato de alteres, o denominado homúnculo.  Depois disso (entre 1900 e 1940), a magnitude era de apenas  8. Em 2002, tinha magnitude 5, tendo  repentinamente  dobrado o seu brilho entre 1998 e 1999. É considerada a estrela mais brilhante conhecida na galáxia, irradiando uma energia  5 milhões de vezes maior que a do sol. É certo que vai explodir como uma supernova a qualquer momento, no próximo milhão de anos.

Dados:

RA: 10h 45m 03.6s
DEC: -59° 41' 04"
Magnitude aparente: 6.21
Constelação: Carina



Imagem obtida no dia 24/11/2012 à 1:58 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
120s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa




NEBULOSA DE ORION - M42

Trata-se de uma nebulosa difusa situada na constelação de Orion, a 1340 anos-luz da Terra. É a nebulosa mais brilhante do céu, visível a olho nu. Em seu interior existe um aglomerado aberto bastante jovem constituído por 4 estrelas, o Trapézio. É um local de intensa formação de estrelas. À esquerda na foto, a nebulosa Running Man (NGC 1977).


RA: 05h 35m 17.3s
DEC: -05° 23' 28"
Magnitude aparente: 4.
Constelação: Orion
Raio: 12 anos-luz


Imagem obtida no dia 23/11/2012 às 23:12 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
120s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa


AGLOMERADO 47 TUCANAE - (NGC 104)

É um aglomerado globular localizado na constelação de Tucana, a cerca de 16.700 anos-luz da Terra. Possui  120 anos-luz de diâmetro. Pode ser visto a olho nu. Estima-se que tenha aproximadamente 10 bilhões de anos. Caracteriza-se por um núcleo compacto e forma arredondada, ocupando no céu aproximadamente o diâmetro de uma lua cheia.

Dados:

RA: 00h 24m 05.67s
DEC: -72° 04'52.6"
Magnitude aparente: 4.91
Constelação: Tucana
Raio: 60 anos-luz



Imagem obtida no dia 24/11/2012 às 2:17 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
120s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa

NEBULOSA TARÂNTULA - NGC 2070

É uma nebulosa difusa, distante 160.000 anos-luz da Terra. No seu interior reside um aglomerado de estrelas de aproximadamente 35 anos-luz de diâmetro que produz a maior parte da energia que torna a nebulosa visível. Próxima a ela, explodiu a mais próxima supernova observada desde a invenção do telescópio, em 1987 (supernova 1987A).  Localiza-se próxima ao polo sul celeste, na Grande Nuvem de Magalhães.

Dados:
RA: 05h 38m 38s
DEC: -69° 05.7
Magnitude aparente: 8
Constelação: Dorado
Magnitude absoluta: - 11,7
Raio: 300 anos-luz




Imagem obtida no dia 24/11/2012 à 1:30 em Belo Horizonte
Telescópio SkyWatcher 8" Newtonian F/5
Montagem EQ5 PRO
Câmera Canon EOS Rebel T3i
120s de exposição processada em Photoshop CS3 para ajustes e remoção de intensa poluição luminosa



sábado, 12 de março de 2011

Galáxia M83 (Southern Pinwheel) sem poluição luminosa



A imagem acima é a mesma do post anterior, com  remoção da maior parte da poluição luminosa. Esse notável melhoramento foi obtido por meio do software livre Starwipe, disponível em http://www.siliconfields.net/downloads.html . Ele é utilizado via linha de comando do Windows, mas possui um manual do usuário muito bom, também disponível no link acima. 
Para obter o melhoramento, modifiquei valores de parâmetros do software, até chegar a um resultado que pareceu-me melhor. As duas linhas de comando exibidas abaixo, aplicadas sucessivamente segundo recomendação do manual do usuário,  permitiram a obtenção da imagem final. Testei várias combinações de valores dos parâmetros scale e window, mas o melhor resultado, que combina uma redução muito grande da poluição luminosa, com manutenção de detalhes "faint" da galáxia e melhor  contraste, foi obtido com os valores sugeridos pelo manual.


starwipe --in=m83tif.tif --out=m83tif2.tif  --scale=15 --window=5 --mode=global
starwipe --in=m83tif2.tif --out=m83tif3.tif  --scale=10 --window=2 --mode=local


Segundo o manual do usuário, a primeira linha remove a maior parte da poluição luminosa e normaliza o contraste da imagem, enquanto a segunda ressalta detalhes da mesma.
Para aqueles que queiram usar o software, o significado dos parâmetros acima é o seguinte, segundo o manual do usuário:

in: arquivo de entrada, que deve estar  nos formatos BMP RGB 24 ou 32 bits ou TIFF 24 ou 48 bits,
out: arquivo de saída, que é um arquivo TIFF de 48 bits não comprimido.
mode: O Starwipe pode operar em dois modos principais: o global e o local. Ambos empregam diferentes algoritmos para determinar as áreas que se beneficiam da melhoria do contraste. O global afeta grandes áreas da imagem e é o mais adequado para a remoção de poluição luminosa,  brilho e detalhamentos excessivos. O modo local afeta pequenas áreas da imagem e é o mais adequado para realçar pequenos detalhes  e melhoramentos de contraste localizados. É mais adequado para pequenos valores dos parâmetros scale e window.
scale: especifica a porcentagem de dimensionamento (scaling) que é aplicada à imagem de entrada antes que seja processada pelo Starwipe. Valores menores eliminam ruído e irregularidades artificiais que possam "confundir" o software.
window:  especifica o esforço  total de melhoria de contraste local em relação ao resto da imagem. Valores menores têm um efeito maior sobre o contraste local. No modo global,  valores menores podem introduzir imperfeições na imagem no formato de círculos difusos. Nesse caso, o melhor é escolher um valor menos agressivo , ou  usar  o modo local.
Estou utilizando essa imagem como base de estudo e aperfeiçoamento de minhas técnicas para tratamento de astrofotografias. À medida que resultados melhores forem obtidos, vou divulgar por aqui..

quarta-feira, 9 de março de 2011

Galáxia M83 (Southern Pinwheel)


Trata-se de uma das mais características galáxias espirais. É a galáxia mais meridional presente no catálogo Messier.  Em Belo Horizonte, pode ser observada com telescópio, quase sobre a cabeça, por volta de 2 horas da madrugada, em fevereiro/março.
A foto foi obtida no dia 19/06/2010 por volta de 22:35, por meio de 20 exposições de 2s cada, superpostas pelo  software Deep Sky Stacker e com ajustes preliminares de luminosidade e contraste feitos com Photoshop. O telescópio utilizado foi um Skywatcher 8" com câmera Meade CCD DSI Pro.
Perceba no canto inferior direito, uma luminosidade espúria. Trata-se da poluição luminosa de Belo Horizonte: a foto foi obtida do terraço de minha casa, na zona sul de Belo Horizonte.
Dados da M83
Ascensão Reta: 13: 37 (h:min)
Declinação:  -29: 52 (graus: min)
Distância: 15.000.000 anos-luz
Magnitude: 7,6
Espiral intermediãria entre normal e barrada
Descoberta em 1752 por Nicholas Louis de Lacaille
(Fonte: http://seds.org/messier/m/m083.html)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

As primeiras astrofotos

Inicio de noite. Dia 23/04/2010, por volta de 19:00 horas. Equipamento todo conectado, notebook, CCD, telescópio em alinhamento polar razoável. Dois dias antes, na primeira experiência, tentativas frustradas diante de um foco que teimava em não acontecer: a câmara CCD estava posicionada muito distante do mesmo, necessitava de alguma adaptação que os aproximasse. Após pesquisa em vão em sites especializados, resolvi inspecionar o receptáculo da ocular. Um pequeno movimento de torção revelou que o mesmo estava rosqueado na base. E qual não foi a agrabilíssima surpresa quando descobri que a CCD também podia ser rosqueada nessa base, aproximando-a do tão desejado ponto de foco. Apontei o telescópio para um ponto fixo (Centro Administrativo do Governo de Minas) e comecei a movimentar o parafuso de foco. Após pouco tempo, bingo!, foco perfeito, a bela edificação de Niemeyer mostrou-se nitidamente, toda iluminada. Restava agora apontar o telescópio para o céu. A lua crescente era um bom alvo. Mandei o telescópio se mover para ela e ele foi exato. Alguns ajustes no foco e lá estava ela na tela do notebook. Mandei a CCD capturar e o resultado foi esse:
Bem, agora restava saciar minha maior curiosidade: registrar objetos de céu profundo, os quais eu já vinha observando há 6 anos, mas de maneira precária, devido à alta poluição luminosa de Belo Horizonte. No céu, a oeste, a deslumbrante constelação de Orion com as Três Marias ao centro se mostrava imponente e convidativa. Orion possui uma das mais belas nebulosas que se pode observar, inclusive a olho nu em um local escuro, a denominada M42. No centro dessa nebulosa existe o trapézio, um conjunto de quatro estrelas, mas que a olho nu parecem ser somente uma. Manualmente apontei o telescópio para ele. Muito bom, na tela do notebook pude vislumbrar nitidamente o trapézio, com alguma nebulosidade ao redor. A imagem obtida foi a seguinte:


Essa imagem apresenta uma leve nebulosidade ao redor do trapézio, mas exibe mais detalhes que o que se vê por uma ocular de 25 mm em telescópio f/5. Resolvi então, tentar um tempo maior de exposição. 15s me pareceu razoável. Acionei a câmera, 15, 14, 13,.....7, 6, 5, 4 ,3, 2, 1...mais um ou dois segundos de espera e ...uau! que imagem! A nebulosidade ao redor do trapézio revelou-se em sua plenitude! Minha sensação deve ter sido parecida com a dos cientistas da Nasa quando viram a primeira imagem do Hubble após as correções óticas. Vejam a imagem que obtive:





Orion é uma nebulosa de emissão, os gases ao redor das estrelas absorvem radiação UV proveniente da mesmas e emitem luz visível, principalmente no comprimento de onda do vermelho. Utilizo uma câmara CCD Meade DSI II Pro, que é preto e branco, mas ideal para atrofotografia por possui maior sensibilidade que coloridas análogas. Logo em seguida, tomei exposições de 8s com filtros vermelho, verde e azul. O resultado após composição das imagens foi esse:



Continuo fotografando o céu e vou publicar meus resultados aqui. Ainda estou aprendendo, a coleta e o processamento de imagens astronômicas é uma arte cujas nuances assimilam-se gradativamente. Ainda estou melhorando o alinhamento polar do telescópio, tenho conseguido exposições de alguns minutos com pouco ou nenhum deslocamento, o que permitir-me-á obter imagens mais minuciosas.
Acho que não paro mais. A sensação de poder coletar fósseis de milhares ou até milhões de anos no terraço de minha casa é indescritível.







M8

M8-Nebulosa Lagoa


Ascensão Reta: 18 : 03.8
Declinação: -24 : 23
Distância: 5.200 anos-luz
Magnitude: 6.0
Imagem obtida em carárer de teste no dia 16/05/2010 às 4:44 com 3 filtros R,G e B e processada no mesmo dia.
Equipamento: Skywatcher Newtonian 8" on EQ5PRO Mount - CCD Meade DSI Pro